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quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Tilcara


Uma cidadezinha, praticamente um povoado. Clima árido, sol forte, ventos intensos e um tanto quanto gélidos (o que nos obrigava a sempre levar um agasalho, não importava o calor que estivesse no sol), 2.465 m de altitude e muitas montanhas. Conforme o ônibus ia se aproximando de Tilcara, percebia-se que o cerco mais e mais se fechava: estávamos chegando ao fim da linha, delimitado pelas singulares montanhas da região. Uma paisagem admirável e ricamente ornada por cactos. 

A primeira surpresa foi chegar à "rodoviária".


"- Não, Fernando, não é pra descer do ônibus ainda. Essa é só uma parada, ele ainda vai à rodoviária.
- Peraí, vou ver com o motorista.
(...)
- Vamos. Essa é a "rodoviária".

Duas cabaninhas de empresas de ônibus numa calçada...
Desce-se do ônibus, dá-se uma olhada ao redor... e a visão é encantadora!



Vista da "rodoviária"
Uma caminhada pelas ruas íngremes de areia e estávamos no hostel. Eduardo, em Buenos Aires, já havia nos dado a dica: brasileiro é tratado com privilégios na Argentina. Assim como em Buenos Aires, embora eu tivesse feito reserva para uma suíte apenas com cama de casal, como sempre faço (e Sofia dorme entre nós), o hostel, alertado por mim de que tínhamos uma criança, generosamente nos surpreendeu com uma suíte bem grande com uma cama de casal e duas de solteiro, no último andar do hostel (uma espécie de "terraço"), o que nos proporcionava conforto extra e uma belíssima vista. 


Pronto: assim, logo de cara, Tilcara ganhava um pedaço de meu coração.

Chegamos no meio da tarde, então fomos apenas conhecer a cidade e já ficamos sabendo de um costume incomum: eles tiram a siesta entre 13:30h e 17h. Neste intervalo, não há praticamente nenhum comércio aberto: nem restaurante, nem mercado, nem padaria, nem lavanderia. Apenas um ou outro café. 

Havia algumas atrações na região e todas envolviam longas e íngremes caminhadas sob o sol. Tivemos que escolher e desconsiderar algumas porque caminhadas sempre envolviam Sofia andando de cavalinho em mim e no Fernando, alternadamente, e, considerando a altitude, o sol e a duração dos percursos, alguns eram realmente inviáveis. Enquanto decidíamos, passeamos bastante pela inusitada cidade:



Não parece o portal para um mundo encantado?
Ruas áridas e (quase) desertas 
Parquinho e amiguinhos para Sofia
Cavalos
Deliciosos pãezinhos de quínua <3
Uma cerveja à noite com a simpática porteña Carol, que conhecemos na excursão à Cafayate 
Dois dias depois, após conhecer bem a pequena cidade, nos decidimos pela visita ao Pucará, uma espécie de parque onde pode-se caminhar entre ruínas anteriores ao período inca e explorar o pitoresco Jardim Botânico das Alturas, repleto de gigantescos cactos. Passeio obrigatório.

No caminho para o Pucará, uma ponte sobre um rio inteiramente seco:




Pausa para uma foto, sempre com montanhas ao redor
"Taptus", segundo Sofia
Mais "taptus"
Ruínas
E mais ruínas
O ponto mais alto do passeio - a "iglesia"
Havia uma equipe de televisão filmando lá, com uma linda modelo russa que...
...nos fez a gentileza de bater uma foto 
Detalhe da tocante inscrição homenageando os arqueólogos

Nosso próximo passeio seria à cidade vizinha de Purmamarca, onde finalmente veríamos o Cerro de los Siete Colores.

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