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sábado, 26 de novembro de 2016

Buenos Aires – Argentina



Lá, tínhamos uma reserva de 3 dias num hostel – quarto de casal privado com banheiro. O quarto era razoável, mas o hostel era bem tosco. É que fiz a reserva às pressas no meio da confusão em Piriápolis, não tive paciência de procurar muito e reservei no primeiro hostel com preço dentro de nosso orçamento e com boa localização, embora tivesse uma avaliação baixa – 6,7. O ideal quando se busca por hostel é checar as avaliações; os que tenham avaliações acima de 8 são confiáveis. A localização era realmente excelente, perto da Avenida 9 de Julio e da Avenida de Mayo (com sotaque portenho se pronuncia “Avenida de Macho”, o que soava bastante engraçado) e de estações de metrô. Com 10 ou 15 minutos de caminhada, estávamos em vários dos pontos turísticos principais da cidade. Buenos Aires é repleta de construções imponentes, é muito impressionante.






Obelisco; para a Sofia, um "fodete"
Até as árvores são imponentes, vejam o pequeno galho deste "Gomero"
Teatro Colon ao fundo
Visitamos a Casa Rosada
E tiramos foto com um soldado da guarda

que virou...
...um meme

Jardins frente à casa Rosada



Foto com um argentino famoso

Achamos que seria legal ficarmos mais uns 2 dias na cidade porque havia muito a conhecer. Procurei por outra hospedagem que fosse tão bem localizada como o hostel em que estávamos, tive bastante trabalho com esta busca, principalmente porque ninguém do Airbnb me dava retorno e porque os hostels que eu achava em Buenos Aires ou estavam numa localização bem pior ou eram muito caros. Então um dos anunciantes do Airbnb me deu resposta, era o dono de um hostel. Ele disse que havia quarto privado de casal e que o banheiro não era compartilhado, mas apenas o dividíramos com 2 viajantes, o que não seria um grande problema. Ficamos na dúvida, mas como pelas fotos o hostel parecia bom e estava muito bem avaliado, decidimos arriscar. Por fim tivemos uma surpresa: acabamos hospedados em um daqueles edifício antigos e imponentes, com o pé direito absurdamente alto. 




O hostel havia sido um apartamento com tantos quartos que foi facilmente convertido em hostel. Tivemos dois dias excelentes lá, em todos os sentidos. E aquele banheiro sobre o qual eu tive dúvidas por ter que dividir com dois viajantes me proporcionou um momento especial e memorável. Ele tinha, sob o chuveiro, aquelas banheiras simples, antigas, sem hidro. Sofia, quando vê o banheiro da “casinha” onde vamos ficar, vai logo dizendo, se não tem banheira: “Esse não tem banho, mamãe”. Ela ama banho de banheira. Então, quando vi a banheira, não tive dúvida: arrumei uma palha de aço e esfreguei com gosto a banheira do hostel. Imaginem a situação da banheira: mesmo o hostel sendo bem limpinho, a banheira estava grudenta e tinha muitos cabelos, afinal muitas pessoas tomavam ducha ali. Me tranquei com ela no banheiro e fiquei lá uns 30 minutos, compartilhando um banho de banheira delicioso com minha filha. Saí da banheira e ainda a deixei lá uns 10 minutos e chamei o pai pra ver a alegria. A empolgação dela foi tanta (“Que banho legal, mamãe! Que gostoso!”) que todo esforço valeu demais a pena. Afinal, pode parecer piegas, mas é a pura verdade: a melhor das visões para uma mãe ou um pai é a carinha de alegria genuína de um filho.

O segundo hostel ficava na Avenina de Mayo, a duas quadras do Congresso

Visitamos o Caminito


Neste segundo hostel, eu e Fernando tivemos uma aula particular de tango, o que foi uma segunda surpresa memorável. E conhecemos pessoas muito especiais, cujas recomendações mudaram um pouco o nosso itinerário.



Galera do hostel

Nesta noite, entre garrafas de vinho e muito bate papo em espanhol e portunhol, Mariela, a primeira da foto, que mora em Salta, cidade que já estava no nosso roteiro, nos recomendou que visitássemos a região de Jujuy, onde poderíamos conhecer o famoso Cerro de los Siete Colores. Eduardo, carioca super viajado, culto e gente boníssima que também estava hospedado no hostel, reforçou a recomendação da Mari e nos mostrou umas fotos irresistíveis no Google. Decidimos então que não poderíamos sair da Argentina sem visitar Jujuy. No dia seguinte, Mari ainda nos preparou um delicioso almoço como não comíamos há algum tempo, porque a comida em Buenos Aires é bem mais ou menos e muito cara. 

Sofia, a essas alturas, começou a pedir muito pra brincar com massinha, então compramos um pequeno kit de massinhas para ela e isso tem sido primordial por toda a viagem. Ela se distrai muito com as massinhas e com os pequenos brinquedos que carrega dentro da mochilinha dela: uma Pinky Pie, uma Peppa sem pernas e sem braços, só com uma orelha, uma galinha pintadinha e alguns muitos brinquedinhos que ela ganhou nos kinder ovos que temos que comprar pra ela rotineiramente porque ela ama, muito mais pela surpresa do que pelo chocolate. 


Primeira grande obra de arte da Sofia com massinhas: Peppa mochileira.
Nesta época, Peppa ainda tinha duas orelhas.




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